30 de novembro de 2007

::nau::

é como o choro que vem
não pelo olhos
mas pela garganta
pelos olhos gotejam as palavras

enquanto cala-se a boca
lê-se no semblante
que se aproxima um adeus
que a distância é já muito grande
o caminho muito longo
o amor muito profundo

e num corte
abre-se um oceano de mágoas

Tu reinas soberano...
nau que me resgata.




Vilhelm Hammershoi
"Interior - with young woman seen from behind",
Strandgade 30