que eu me derretesse em lágrimas
e meu corpo escorresse por toda a terra
que meu rastro marcasse como cicatriz
a face dos campos por onde passo
Minha alma despedaçada em tantos adeus
Meu coração que bate sem ritmo
sem fluxo, sem porquê
a dor do que não existe mais em mim
como uma esperança que morreu cedo demais
como um espaço infinito e vazio
como a impossibilidade de preencher tanta tristeza
como aquilo que não há em mim
nem em lugar algum