São navalhas as suas palavras
que ardem em meus ouvidos até agora
Sua raiva que me consome
a chance que não mereço
Na sua saliva
como o ódio que te vi sentir
marcam meu rosto
as letras de nossa separação
Eu te busquei em infinitos fundos
te procurei em lagos e armários
como as doações antigas
que se perdem sem história
Fiz da sua pele meu refúgio
da sua língua minha canção
Agora mata com o abandono
as flores que murchas
enfeitavam meu coração